Rede Leitora Terra das Palmeiras

Rede Leitora Terra das Palmeiras

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Todos por uma Ilha Literária em 2017

A Ilha Literária -  Leitora Terra das Palmeiras juntamente com a Rede Leitora Ler Pra Valer tiveram terça-feira dia 27 de dezembro o último encontro deste ano com a assessora Érica Verçosa do Instituto C&A. Este encontro foi muito importante para podemos perceber juntos o quanto avançamos em meio a tantas turbulências (ou truculências políticas) sofridas no país.

A Ilha Literária - Rede de Bibliotecas Comunitárias de São Luís se consolida neste final de ano como uma grande potencia em prol da Leitura, do Livro e de politicas voltadas às comunidades de São Luís. Estramos como Rede Ilha Literária, hoje, quer dizer um grande avanço na consolidação de uma programa de ações que se amplia e não se limita à toda a cadeia do livro, mas ao que diz respeito ao conhecimento que quase sempre é negado a maioria da população: SEUS DIREITOS.

Durante este encontro virtual podemos avaliar particularidades de cada uma das bibliotecas, visões pessoais de cada uma das mediadoras de leitura, gestxr e bibliotecárias presentes. Fez-nos perceber o que podemos, que queremos, e o que fizemos. Foi muito, mas falta muito para que fiquemos satisfeitos, com politicas justas e direitos cumpridos, são objetivos comuns à essa rede. Nós, como rede, nos motivamos a estar juntos para sermos mais fortes e acreditamos sim nesta possibilidade real em nosso cotidiano.

Neste dia também tivemos um encontro com a Advogada Rossana Jansen que neste ano de 2017 irá contribuir com seu conhecimento sobre Controle Social, Transparência da Administração e Orçamento Público. Serão realizadas capacitações em tornos destes assuntos, não somente para a Rede Ilha Literária, mas para toda a comunidade interessada dos bairros de São Luís. Estamos nos empoderando de conhecimento para sabermos como exigir e fazer valer nossos direitos!

Agradecemos a todos que contribuíram com a consolidação da Rede Ilha Literária ou que participaram das atividades realizadas pela Rede Leitora Terra das Palmeiras. Desejamos felicidade e que assim como os nossos, seus objetivos sejam alcançados em 2017. E que muitos livros sejam lidos em sua casa! 

Todos por uma Ilha Literária em 2017!

Encontro virtual com Erica Verçosa
na Biblioteca Comunitária Paulo Freira

Erica Verçosa online

Rede Leitora Ler Pra Valer online

Diálogo com a Advogada Rossana Jansen
na Biblioteca Comunitária Paulo Freira

Diálogo com a Advogada Rossana Jansen
na Biblioteca Comunitária Paulo Freira




sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Somos árvores e nossa semente é a leitura

“... eu vou bem e você também vai bem”, assim iniciamos o encontro com Érica Verçosa e Liliane Reis, ambas do Instituto C&A que vieram a São Luís fazer o acompanhamento e, mais do que isso, vieram colaborar com a construção de uma rede que tem se fortalecido a cada novo dia de luta pelo direito de todos à leitura: Rede de Bibliotecas Comunitárias Ilha Literária. Fora(temer)m dois dias de muitos diálogos, proposições, visões e sonhos projetados sobre todos que ali estavam. Dias de consolidação de amizade e percepção de que “É fácil quebrar uma vara, mas é difícil quebrar um feixe de varas” ou “Vis unita fortior” ou  “L’union fait la force” “A união faz a força”.
Descobrir que podemos contar com o outro é importante para a construção de uma sociedade mais igualitária e que seu futuro não seja somente uma torrente de injustiças. Juntos e somente juntos, presencialmente ou não, podemos conseguir garantir nossos direitos violados ou negados. A Rede de Bibliotecas Comunitárias Ilha Literária é uma conquista e, conquista aqui, pode ser traduzida como uma virtude de quem pensa também nos outros como iguais e não somente em si mesmo em destaque. 
Nosso objetivo comum é o DIRETO HUMANO À LEITURA e nestes dias com Érica e Liliane, vislumbramos a REALIDADE deste OBJETIVO que não é somente da Rede Ilha Literária, mas de todas as redes e bibliotecas que constituem a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias no Brasil.
Somos árvores e nossa semente é a leitura, o terreno para essa floresta é toda a sociedade brasileira, nossas folhas carregam escritas nossas histórias de resistência, nossas raízes estão fincadas profundamente na sabedoria ancestral que faz permanecer a vida em coletivo e com a natureza, inspiramos a necessidade de todos e expiramos o bem coletivo.

Juntos somos e sempre seremos mais fortes.



relação entre nossa história com a vida das árvores

grupos de trabalho

grupos de trabalho

Liliane Reis

Farinhada - Mediação de Sirlândia

Mediação de Carla

Mediação de Levi e Flavia

Érica Verçosa

Sobre o Direito à Leitura com Liliane

Mediação de Daniela

Rede de Bibliotecas Comunitárias Ilha Literária

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Café Literário com Beto Nicácio

Beto Nicácio com a bibliotecária Catirina, ao fundo a mediador a Sirlândia.

Desenho. Café. Ilustração. Quadrinhos. Sorrisos. Crianças. Africanidade. Cultura. Livro.
São palavras que estavam presentes no Café Literário com o quadrinhista Beto Nicácio que com muita desenvoltura, criatividade e interação com pequenos leitores da Biblioteca Comunitária Paulo Freire e Instituto IENSA.
O evento aconteceu a partir de uma série de pesquisas e práticas dentro da cultura africana: danças, máscaras, ritos, costumes.  Foram apresentadas danças afro, Cacuriá e um coral mirim com a música de Josias Sobrinho “Catirina”. E neste contexto a revista em quadrinhos do Beto Nicácio “Catirina e Francisco” que são dois personagens negros tradicionais da cultura popular maranhense.
Beto Nicácio, durante sua fala fez diversos desenhos e ainda deu dicas de desenhos para a criançada e para os adultos que estavam por lá. Todos ficaram muito satisfeitos com a presença do quadrinhista, saudado com palmas pelas crianças a cada desenho, feito ao vivo. Tem coisa mais bonita e interativa? Quando o Beto estava desenhando as crianças ficavam em pleno silencio observando e logo depois, gritavam de alegria ao ver surgirem diante de seus olhos um coelho, um leão feroz ou um boi preguiçoso.
Na revista, o auto se desenrola com o desejo da gravida Catirina, pela língua do boizinho mais querido da fazenda... e para saber mais só lendo a revista, né?!
Agradecemos a presença do Beto Nicácio, neste momento ímpar, que não mais iremos esquecer, quando “Catirina e Francisco foram para a Biblioteca”.

 
Beto desenhando para sorteio entre os leitores.

Dicas de desenho

Desenhando Catirina Lendo um livro.

Desenho de Francisco indo para a Biblioteca Comunitária Paulo Freire devolver um livro.

Desenhando Francisco.


Danças afro conduzida pela mediadora Sirlândia.


 
Equipe da Rede Leitora Terra das Palmeiras com Beto Nicácio e Tássia.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O que queremos Baiar?

A Rede Leitora Terra das Palmeiras fez sua participação na 10ª Feira do Livro de São Luís, mas não participou sozinha, decidiu participar em colaboração com a Rede Leitora Ler Pra Valer do Coroadinho. Na ocasião foi realizada uma conversa afiada sobre o processo de construção/estruturação da Rede Local de Bibliotecas Comunitárias de São Luís. Durante o evento também foi realizada uma Caminhada Literária que buscou clarear os objetivos da construção da rede local, informar a população sobre a importância da leitura e exigir os direitos que nos são negados ou negligenciados.
Foi muito importante este ato. Fizemos duas paradas estratégicas: uma na Câmara de Vereadores de São Luís e outra na Secretaria de Cultura e Turismo do Estado do Maranhão. Fizemos uma Saia de Coreira poético-política com frases e saímos pelas ruas do Reviver, passeando entre os leitores da 10ª Felis.
O que queremos baiar*? Livro, leitura, literatura, bibliotecas.
O que queremos baiar? Democracia, direitos preservados, acesso, politicas efetivas, leis cumpridas.
O que queremos baiar? Bibliotecas Comunitárias como bem público e claro Fora Temer!









segunda-feira, 31 de outubro de 2016

III Concurso Literário... sonhos realizados!


Nesta última sexta-feira não aconteceu somente o III Concurso Literário, aconteceu pela terceira vez na Cidade Olímpica periferia de São Luís, o terceiro marco poético na história da comunidade.  O concurso foi realizado na quadra da escola Educando que tem a direção de uma mulher que sonha o presente, não somente um presente para si, mas para todos de sua comunidade: Leia. Querida por todos os alunos fez uma fala muito emocionante sobre o inicio da Escola Educando (idealizadora do projeto), de como foi difícil as primeiras aulas, quando a escola eram somente duas salas pequenas e de taipa. Na sua mensagem, o mais difícil nem era o espaço, mas a voz das pessoas que não acreditavam em seus sonhos, mesmo quando tudo diz o contrário, devemos acreditar em nossos sonhos e buscar realiza-los.

O III Concurso Literário teve a participação direta dos mediadores da Biblioteca Comunitária Josué Montello que organizaram todo o espaço e ainda colaboraram nas apresentações dos poetas. A bibliotecária  Thais Rodrigues fez também uma fala, ressaltando a importância da biblioteca para que estes novos poetas surgissem e para que novos apareçam.

O concurso teve a participação do grande educador e poeta da UI Maria José Aragão, Wilson Chagas. Ele chegou até a se inscrever, mas disseram que seu texto e currículo eram muito elevados para os concorrentes. Este fato já será resolvido para as próximas edições do Evento, que serão realizadas por categorias e por faixas etárias, viabilizando a participação de todos. Alguns alunxs do Maria Aragão participaram com suas poesias de III Concurso Literário.

No fim temos não somente um vencedor mais diversos vencedores, todos estes que participaram e todos o que de alguma forma colaboram com essa linda atividade poética realizada na periferia de São Luis. A premiação foi feita com Livros que aguçaram ainda mais o imaginário destes grandes-pequenos poetas.

Para um grande concurso, grandes jurados, dentre eles Prenteci Veloso autor de "Folhas que caem, vidas que seguem", Raimundinha Frazão, nossa ilustre poeta cordelistas e a mediadora de leitura e graduanda em Letra Carla Medeiros.

Ficamos muito felizes com tudo o que aconteceu neste dia. E já estamos aguardando o próximo com todas as novidades, e desejamos que o sonho que ali foi presenciado e vivido possa ganhar cada vez mais amplitude e asas.
















quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Vamos GRITAR na Biblioteca?


“Mas como assim gritar na biblioteca?”, você deve estar se perguntando. Segundo a bibliotecária Thaís Rodrigues, da Rede Leitora Terra das Palmeiras, o espaço das bibliotecas é um lugar de barulho, isso mesmo, BARULHO. Por mais que seja meio estranho, é isso mesmo. Ela explica que como as bibliotecas são lugares de grande profusão de conhecimento, não há como ficar calado. Quem nunca falou alto em uma biblioteca? Ao lermos um livro, queremos logo compartilhar o que estamos lendo, as descobertas. A imaginação fica a todo vapor e nem sempre temos como medir a altura da voz.  Pense numa biblioteca cheia de diálogos e conversas sobre histórias e autores, seria bom, não é?!
Então Gritar ora ou outra, faz parte do processo de conhecimento. É o barulho do conhecimento que não pode ser calado. Então se estiver em uma biblioteca e alguém disse para falar baixo diga que é o conhecimento falando alto. Mas com uma ressalva, que sejam sobre os livros e não sobre qualquer coisa e perceba se não está atrapalhando ninguém que queira fazer somente uma tranquila, pois não é somente com barulho que o conhecimento chega, precisamos refletir sobre o que estamos lendo.
Compartilhe sua leitura!


Escreva um comentário sobre o livro que você está lendo.



segunda-feira, 10 de outubro de 2016

EXTRA! EXTRA! FAROL ABANDONADO!

Farol repleto de cartazes exigindo nossos direitos

Exigimos a Reabertura do Farol.
É um direito nosso.
É um direito de toda a comunidade.
É um direito de todos no Maranhão que está sendo deixado de lado.

Hoje dia 4 de outubro de 2016 foi realizada a 2ª CAMPANHA ESTADUAL de INCENTIVO Á LEITURA.  Porém o dia D da leitura não pode ser só UM dia. É necessário que se entenda que LER É UMA AÇÃO CONSTANTE.
Esse mesmo Estado que se diz incentivador da leitura é o mesmo que até hoje sequer respeita a Lei 12.244 (que trata da obrigatoriedade das instituições de ensino possuírem bibliotecas escolares). É inadmissível que estejamos a quatro anos da implementação da Lei e não existir uma equipe dentro da Secretaria de Estado de Educação do Maranhão... dentro da estrutura do Governo do Estado... uma equipe técnica que esteja trabalhando no Estado como um todo. 
O modelo de biblioteca implementada no MA ainda é aquele que impera a apatia. Profissionais bibliotecários é uma raridade dentro das bibliotecas escolares, bem como o profissional auxiliar de biblioteca, ou seja, pessoas com essa formação técnica não existem dentro de nossas bibliotecas. Nas bibliotecas escolares em sua maioria encontramos professores que foram afastados da sua função por problemas de saúde são colocados sem o menor preparo e sem orientação técnica da (o) profissional bibliotecária(o) e ainda com carga horaria reduzida. Essa bola de neve acaba recaindo em cima das comunidades de periferias que não podem usufruir destes equipamentos culturais e educacionais  que seriam as bibliotecas vivas, se as mesmas fizessem parte de nosso cotidiano.
É sempre importante lembrar que a sociedade não quer apenas que esses espaços de cultura, informação e lazer sejam abertos a toque de caixa. E sim que as bibliotecas escolares, os faróis da educação ou do saber, sirvam as comunidades de forma atuante com atividades de incentivo à leitura permanentes, equipes qualificadas e em numero suficiente para atender a comunidade em diferentes turnos e por que não de segunda a segunda (sonhar não custa nada). Que essa equipe seja composta por profissionais bibliotecários, estagiários, auxiliares de bibliotecas, etc. Que a equipe técnica tenha capacitação constante para melhor atender a comunidade.


Alunos que na saída da escola poderiam ir na Biblioteca do Farol, só que não.
Hoje dia 4 de outubro um grupo que faz parte da Rede Leitora Terra das Palmeiras realizou um movimento de conscientização da comunidade próxima ao Farol da Educação Sousândrade no intuito de esclarecer que transformar o farol em um deposito para guardar carrinho de churrasquinho e outros apetrechos de ambulantes que fazem seus comércios na calçada do ABANDONADO FAROL é uma falta de respeito para com a população. Enquanto diversos alunos da escola que fica ao lado do farol necessitam desse espaço para diferentes formas de socialização, cidadania, conhecimento, informação... o Farol serve de deposito, agora não mais de livros. Triste ver esse cenário.
Nós, da Rede da Terra das Palmeiras em mobilização fomos atrás de nossos direitos. Fizemos cartazes. Mobilizamos a comunidade de perto. Fizemos o que o Farol da Educação Sousândrade não faz a mais de oito anos (já nem lembramos a ultima vez que vimos o Farol aberto).
Um trabalhador de perto disse que a biblioteca quase não tem mais livros e que a mesma, está sendo usada de deposito para carrinhos de cachorro-quente e tudo mais, ou seja, livro que é bom, nem sabemos onde foram parar, ou melhor, sabemos. Ficamos sabendo que os livros ficam em depósitos nas escolas vizinhas. Mas daí me pergunto: Livro não é para ser lido? Então por que estão sendo usados para alimentar traças e cupins? 
LIVRO TEM QUE ALIMENTAR É PENSAMENTO! NÃO TRAÇA.

Durante este primeiro de muitos outros Atos Literários no Farol, diversos alunos, que seriam atendidos por este importante Equipamento de Saber Público, participaram das mediações de leitura, contações de histórias, falas e protesto contra a usurpação do direto à Leitura e ao Livro.
Estávamos muito felizes em ver as(os) alunas(os) expressando através da fala as suas revoltas com a falta desse bem cultural. O movimento em prol das bibliotecas (escolares, comunitárias, públicas) vai continuar. Hoje foi só uma de enumeras ações que iremos realizar em prol da leitura em nosso estado, nosso município, nos bairros carentes da nossa ilha do amor.


Vigilante que colocou até cadeira para fora para ouvir umas histórias... DE UM FAROL ABANDONADO.
Não tem como a gente pensar que nós, sociedade civil, vamos mudar a realidade das bibliotecas se o Estado não assumir isso como um programa de governo. O Estado tem que assumir plenamente essa ação. Tem que assumir que se ele não fizer uma força tarefa pra colocar profissionais bibliotecários, pessoas capacitadas dentro das bibliotecas escolares, faróis vamos continuar desse jeito... o aluno sem nenhuma afinidade com a biblioteca, sem nenhuma afinidade com o livro, sem nenhuma motivação pra ler e os resultados negativos ai: faróis fechados, bibliotecas escolares inexistentes.


Todos paravam para saber o que estava acontecendo. Perguntavam se estava reabrindo. Uma vergonha para o Governo.

Continuaremos com o corpo a corpo com o poder público exigindo que o mesmo se comprometa com as politicas públicas do livro, leitura, literatura e bibliotecas e efetive as mudanças necessárias que emanam do povo.

POR UM MARANHÃO LEITOR

VIVA A LEITURA

Texto de Thais Rodrigues (Bibliotecária da RLTP) 
Colaboração de Layo Bulhão (Comunicador da RLTP)
Revisão de Texto por Carlos Wellington (colaborador da RLTP)
Doutorando em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão. Bibliotecário.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Uma nova estrutura para o Brasil

Figueira de Bengala (árvore sagra da Hindu), onde por diversas vezes nos reunimos no Encontro da RNBC

Há acima de tudo um desejo. Um desejo que se alimenta a cada nova encontro, presencial ou virtual. Um desejo que não depende de uma pessoa. Um desejo permanece aceso em cada expressão, em cada gesto cotidiano, em cada grito quando tentam roubar nossos direitos. Ainda que invisível esta sociedade é feita por gente viva, Brasil-vivo, não por sanguinários sugadores de capitalismo e de comunidades.
Apresentação de slides sobre a situação das bibliotecas comunitárias da RBC Ilha Literária
Na semana de 20 a 23 de Setembro em Brasília, ninho da repudia (a saber, república), aconteceu o 1º Encontro Nacional de Bibliotecas Comunitárias. Foram dias de muitos diálogos dentro e fora das plenárias e rodas de conversas. Buscamos não a solução para os nossos problemas, mas algo que favorece a todos e em todos os lugares. Talvez isso soe diferente do que pensa o parlamento- golpista e o golpista-presidente, e de fato é. Não buscamos neste encontro privilégios, queremos igualdade, respeito, educação, acesso a livros e a leituras que despertem e que não mais colaborem para esse processo de deseducação ao qual o país sempre esteve e cada vez mais vai sendo "retroinserido".Neste encontro proporcionado pelo programa Prazer em Ler do Instituto C&A, destacando a grande importância do deste apoio para a consolidação da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC), foram apresentadas em rodas de conversas as situações politicas em torno dos Planos Municipais e Estaduais do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (PMLLLB e PELLLB). Estes diálogos tem grande importância, principalmente para os municípios e estados que ainda estão em processo de construção, por exemplo, aqui em São Luís.  
Fala da Franci (RBC Ilha Literária) e Yasmin (Rede de Leituras - Porto Alegre)
Nossa atual situação é a seguinte. Já apresentamos os representantes da sociedade civil para a elaboração do plano, pessoas estas capacitadas e com todo o apoio da Rede de Bibliotecas Ilha Literária (união da Rede Leitora Terra das Palmeiras e Rede Leitora Ler Pra Valer). Por outros lado o prefeito não atendeu diretamente sobre o assunto, deixando nas mãos do Secretário da Educação Moacir Feitosa a responsabilidade de levar o processo do PMLLLB à frente. No entanto ate o momento já marcamos duas reuniões com o mesmo que foram desmarcadas. O que precisamos fazer para que este processo, tão importante para a comunidade de São Luís ande, se com processos “burrocráticos" a sociedade é sempre deixada em segundo plano?
Cartaz da RNBC dentro da Biblioteca do Planalto .

Voltando à nossa estadia Brasília: Fomos como RNBC à ao Planalto e a RBC Ilha Literária levou uma máscara de Cazumba e, logicamente, não pudemos entrar no espaço com a careta, segundo eles era uma arma que poderia machucar os outros (o responsável pela segurança fez um gesto infantil com a cabeça de como poderíamos agredir os outros), ou seja, a cultura é uma agressão para este governo golpista, pois golpista não entende a cultura, pois golpista não vive a cultura deste país, pois golpista nem sabe o que é cultura, educação, sociedade brasileira... Mesmo tentando dialogar que este é um artefato da cultura do Brasil, não mediram esforços em opressão e repressão à nossa cultura. Fomos impedidos de levar nossa cultura para dentro do Planalto.  Depois fomos tratados como terroristas, nem papel poderíamos levar, pois não poderíamos mostrar o que estávamos exigindo. Fomos reprimidos por estar com roupas vermelhas. Fomos descriminados por ser negro, sim somos negros, sim somos índios, sim somos todas as cores desta terra imensa de pessoas, culturas e terras (embora estas nas mãos de poucos).
Cazumba no aeroporto em Brasília na camisa estão escritas diversas frases: Fora Temers, Fora Machismos, Fora racismos...
Fomos a uma sala cantando “Pra não dizer que não falei dasflores - Geraldo Vandré (1968)”, e conversamos com o Deputado Jean Willis que nos recebeu com muita atenção “embora não tenhamos avisado com antecedência”. Foi muito atencioso e podemos contar com sua voz e existência naquele espaço opressor, machista, racista, antidemocrático, golpista e inexpressivo para a sociedade brasileira na sua atual “cornjuntura”.Precisamos entender e não somente a periferia que:

Caminhando e cantando e seguindo a cançãoSomos todos iguais, braços dados ou nãoNas escolas, nas ruas, campos, construçõesCaminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora que esperar não é saberQuem sabe faz a hora não espera acontecer

Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordõesainda fazem da flor seu mais forte refrãoe acreditam nas flores vencendo o canhão

Há soldados armados, amados ou nãoQuase todos perdidos de armas na mãoNos quartéis lhes ensinam a antiga liçãode morrer pela pátria e viver sem razão

Nas escolas, nas ruas, campos construções Somos todos soldados armados ou não Caminhando e cantando e seguindo a canção Somos todos iguais, braços dados ou não 

Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mãoCaminhando e cantando e seguindo a cançãoAprendendo e ensinando uma nova lição

Não ha fim para esta cação que se constrói 
no dia dia e na busca por direitos iguais